Nas diversas vezes que tirei fotos de minhas moedas, ficou constatada
a minha total inoperância na área: fotos escuras ou com brilho
excessivo de flash, falta de nitidez, iluminação horrível ou sombras
fora de contexto, reflexos indesejados. Longe de desejar fotos
profissionais mas, pelo menos, que fossem dignas de um fotógrafo
principiante.
Antes do "estúdio", o resultado final era esse.
Aceitável? Nem tanto! Poderia ser muito melhor!
(Moeda de prata, Cr$20, 1972)
A introdução das câmeras digitais automáticas foi um salto
gigantesco para nós fotógrafos amadores. Além do baixo custo, um
ótimo diferencial é a facilidade de se tirar infinitas fotos sem se
preocupar com revelações demoradas e poder acertar através do método
empírico, aprendendo na base da tentativa e erro.
Recurso fundamental é o botão de fotos macros. Trata-se daquela
opção, geralmente representada por um vasinho de flor, que permite
tirar fotos perto o suficiente para nosso intuito. A macrofotografia é
um ramo da fotografia que se dedica a registrar os objetos de pequeno
porte, tornando visíveis detalhes que escapam a olho nu. Para fotos de
moedas é essencial o uso do macro e, se tiver o foco automático,
melhor ainda.
O resultado muito mais fiel. A direção da luz
ainda pode ser melhorada para maior definição da palavra BRASIL, por
exemplo.
(Moeda de prata, Cr$20, 1972, pátina original)
No entanto, um grande desafio das fotos macros é a iluminação,
havendo muita dificuldade no bom uso do flash nessas situações. O
flash da própria câmera, a pouca distância do objeto, pode ficar
claro ou concentrado demais. A iluminação do ambiente, natural ou
artificial, pode criar sombras ou prejudicar a definição de cores.
Pude constatar que existem soluções várias. E elas são
extremamente baratas e práticas. A Internet é um excelente veículo
para se notar que não se está só - através dela notei que muitos
também padecem nessa urgência e, o melhor, que também existem as
soluções.
Achei interessante a ideia do Blog Strobist, onde propõe a montagem
de um mini estúdio de baixíssimo custo: você precisará de uma caixa de
papelão com arestas de uns 25 cm, papel sulfite (ou comum de
impressora), fita adesiva, estilete e uma fonte de iluminação (serve uma
luminária com lâmpada forte). Recorte janelas em três lados da caixa
(esquerda, direita e em cima), cubra as janelas com o papel e coloque a
iluminação em um dos lados. Tente várias fotos combinando diferentes
posições da iluminação e ângulo de aproximação. Respeitando meus
limites de conhecimento de fotografia, eu gostei do
resultado.
Proposta de estúdio do
Blog Strobist
O meu estúdio
Aproveitei uma caixa grande de SEDEX que
havia por aqui. Sem necessidade, acabei abrindo uma janela na traseira
da caixa que, felizmente, não influenciou o resultado final mas, para
manter a especificação original, vou tampá-la oportunamente. Nas
janelas, quis experimentar papel vegetal. Funcionou bem mas, talvez o papel
comum deixe o ambiente mais branco e evite qualquer tipo de
concentração de luz que o papel vegetal, por ser um pouquinho mais
transparente, pode deixar escapar.
Visão geral de um mini estúdio criado a partir de
uma caixa de encomendas.
A luminária utilizada é um mini refletor de lâmpada halógena,
300W. É bastante forte mas, esquenta demais. Com os restos de papelão
da caixa, montei um pequeno suporte em ângulo para colocar a moeda e
facilitar a foto. O fundo da caixa e o suporte foram cobertos com papel
preto para dar maior contraste com a moeda.
Com uma câmera Sony CyberShot, 7 megapixels, macro ativado, tirei
várias fotos a uma distância de mais ou menos 15 cm do objeto. Sem
dúvidas, um tripé vai fazer sucesso aqui.
Moeda comemorativa especial cunhada em processo "proof"
(fundo espelhado).
Os reflexos foram propositais.
(Moeda de níquel, espelhada-proof, Cr$1, 1972)
Devo confessar que é inegável o uso do fantástico Photoshop na ajuda
dos muitos recortes, enquadramentos, correções de ângulos, ajustes de cores, etc, etc...
Contudo, também é inegável que a utilização desse mini estúdio
melhorou visivelmente a qualidade da origem facilitando a edição
posterior. Próximo passo: tirar novas fotos das moedas da
minha coleção e
republicá-las no site MoedasDoBrasil.com.br.
Fontes: Efetividade.net,
www.efetividade.net
Strobist, strobist.blogspot.com.br