|
Cruzeiro - Figuras regionais
Quinze de março de 1990, chegava ao fim o impopular governo de
José Sarney, marcado sobretudo pela estagnação do PIB e pela
hiperinflação. Assumia Fernando Collor, um político
desconhecido até meados da década de 80 mas, surpreendentemente
vitorioso nas eleições presidenciais de 1989. O símbolo da
modernidade, a esperança de um Brasil renovado, sua posse foi
vista e saudada no país inteiro, parecia o momento da ruptura
para o crescimento econômico e desenvolvimento social.
Padrão monetário: |
Cruzeiro |
Símbolo: |
Cr$ |
Código ISO 4217: |
BRE |
Vigência: |
16/03/1990 a 31/07/1993 |
Circulação das moedas: |
31/05/1990 a 15/09/1994 |
Padrão anterior: |
Cruzado Novo (NCz$) |
Padrão posterior: |
Cruzeiro Real (CR$) |
Características do padrão Cruzeiro
Apenas um dia após sua posse, é anunciado o plano que
causaria o maior choque econômico da história do Brasil: o Plano
Brasil Novo, mais conhecido como Plano Collor. O resultado foi a
aniquilação da economia, uma recessão sem precedentes,
desemprego e volta da inflação, sem contar a corrupção
institucionalizada. A Câmara aprovou o impedimento de Collor que
renunciou às vésperas da votação.
O Plano contemplava a mudança da moeda Cruzado Novo para, pela
terceira vez, denominar-se Cruzeiro. A Medida Provisória nº 168, de
15/03/1990 (DOU de 16/03/90),
convertida na Lei nº 8.024, de 12/04/1990 (DOU de 13/04/90),
restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda, correspondendo
um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança
de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18/03/1990, do Conselho Monetário Nacional.
Figuras regionais como tema
Dando continuidade ao tema das moedas do Cruzado Novo, as novas
moedas do Cruzeiro forma lançadas com novas figuras típicas de
certas regiões brasileiras: o salineiro na moeda de Cr$5, o
seringueiro na de Cr$10 e a baiana,
na moeda de Cr$50.
Cr$ 50, a baiana
Uma baiana do acarajé, ou simplesmente,
baiana, em atividade comercializando suas iguarias
A baiana do acarajé (ou simplesmente baiana)
é como são chamadas as mulheres que se dedicam à profissão
de vendedora de acarajé e outras iguarias da culinária
baiana. A profissão de "baiana", após muita luta,
é regulamentada junto aos poderes públicos. Sendo uma das
principais figuras típicas do Brasil, a baiana com seus
trajes tradicionais, é caracterização obrigatória nas
Escolas de Samba do país.
As baianas do acarajé estão representadas nas
moedas de aço inoxidável,
23,5 mm de
diâmetro, produzidas entre 1990 a 1992.
Cr$ 10, o seringueiro
O seringueiro é o profissional que trabalha com e extração do látex, um líquido grosso da árvore chamada Seringueira, matéria-prima da borracha natural. Para a extração do látex, o profissional sangra a árvore, fazendo talhos, e coloca sobre a sangria uma cuia ou bacia para aparar o líquido. Depois, o látex é
defumado para ser endurecido e transformado em bolas, chamadas pelas, que chegam a pesar até 40 quilos.
O sertanista Chico Mendes, retratado ainda jovem, também foi um seringueiro
Atualmente, já existem muitas técnicas de produção da borracha industrialmente, que elimina as impurezas da matéria-prima e tem como produto final uma borracha resistente e imperecível. As Seringueiras se encontram no meio de florestas e matas, sempre em lugares de difícil acesso, portanto o seringueiro deve sempre conhecer bem a região e as características da árvore.
O seringueiro aparece nas moedas de aço
inoxidável de
22,5 mm de diâmetro,
produzidas de 1990 a 1992.
Cr$ 5, o salineiro
As salinas têm sido utilizadas pelo homem há
milênios e o procedimento utilizado sempre foi o mesmo nas salinas tradicionais
que consiste em represar a água do mar em diques de argila e aguardar a precipitação de
sal. Atualmente, as salinas brasileiras constituem ecossistemas artificiais de supramaré explorados para a extração de sal marinho.
A história do sal no Brasil vem do período da colonização portuguesa
quando da chegada dos primeiros exploradores em terras
brasileiras que desconheciam a ocorrência natural de sal
marinho. Durante os períodos de colônia e império, a economia do
nordeste, principalmente do Rio Grande do Norte, era impulsionada pelos setores
agropecuário e extrativo, com destaque para o sal.
O salineiro aparece nas moedas de aço inoxidável de 21,5
mm de diâmetro, produzidas de 1990 a 1992.
Fonte: Resumo baseado em Histórias
que o Dinheiro Conta de Cintra e Torelli;
Textos extraídos da Internet e Wikipédia;
Composição de imagens da Internet com moedas da Coleção
Eduardo Rezende.
veja, também
|
Moedas Brasileiras / Moedas do Brasil / Moedas Nacionais / MoedasDoBrasil |
Copyright © 2011-2024 Netfenix |
Reportar erros. Clique aqui! |
20221024-4 |
|
|
|
|