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Partes da Moeda
Anverso e Reverso
Segundo o numismata Kurt
Prober (1909-2008), anverso é a face
principal da moeda que traz a efígie do soberano ou as indicações de
maior importância (o nome BRASIL, por exempo). Sendo o reverso, a face oposta ao anverso onde traz
os dados de importância secundária. O valor nunca é mais importante que o soberano.
O Banco Central do Brasil, em seu site, cita que o anverso é a face da cédula ou da
moeda onde se vê a efígie ou emblema, enquanto o reverso, é a face da
cédula ou da moeda oposta ao anverso, sendo que na moeda é o lado onde
se encontra o valor facial.
Anverso
Efígie da República à direita do núcleo prateado (disco
interno) e transpassando para o anel dourado (disco externo),
assim posicionada constitui um dos elementos de segurança da
moeda de maior denominação. No anel dourado, referência às raízes
étnicas brasileiras, representada pelo grafismo encontrado em cerâmicas
indígenas de origem marajoara, e a legenda "Brasil".
Reverso
No anel dourado, a repetição do grafismo indígena marajoara. No
núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que,
com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão
Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano
de cunhagem.
Campo
O CAMPO é toda a superfície da moeda sobre a qual estão gravadas as efígies, os tipos, as composições e
inscrições ou, simplesmente, é o fundo da moeda.
Exergo
O EXERGO faz parte do CAMPO da moeda. É o espaço inferior deste onde, algumas vezes,
até se tem um traço horizontal, sendo reconhecido por vários detalhes tais como a
data, o local de cunhagem, a sigla do gravador ou abridor do cunho e, ocasionalmente,
a letra monetária.
Orla e Rebordo
Circundando o CAMPO, a parte mais elevada em relação à superfície da moeda,
contornando os tipos e limitando sua
superfície. É feita um pouco mais elevada do que a gravura cunhada e, além do
aspecto ornamental (colar de pérolas, serrilhados, etc), serve para garantir
que não ocorreu cerceio da moeda. Faz limite com o REBORDO. Na prática, ou se
tem ORLA ou se tem REBORDO mas, tem casos onde aparecem os dois.
O REBORDO fica entre a ORLA e o limite da moeda. É aquela parte propositadamente mais alta e lisa
feita para assegurar que a peça, quando estiver em circulação, sofra menos desgaste
das informações no CAMPO.
Bordo (ou Serrilha)
BORDO (ou SERRILHA) é a parte curva da moeda,
a borda, e por onde podemos dimensionar a espessura do disco cunhado. Também chamada de CERCADURA,
é o tratamento dado no ladeamento da
circunferência da moeda. Existem vários tipos de bordos, sendo o serrilhado
e o liso os mais comuns. Mas, também podem ser irregulares, inscritos (inscrições em alto
ou baixo relevo), chanfrados (poligonais), com ranhuras
transversais, estriados, cordão, "tulipados" (por ter seus ornatos em forma de tulipas),
floreados (flor de lis) entre
outros.
Para manter a mesma linha de diversos autores, adotamos o termo BORDO para identificar a
SERRILHA mas, também, o termo BORDA pode ser utilizado.
Forma
É o formato da moeda. Na numária brasileira, o formato
predominante é o circular. Exceção se faz às produzidas
durante a invasão holandesa, no século XVII, que tinham a
forma quadrada e, pode-se dizer, dos carimbos coroados com
forma irregular.
Módulo (ou Diâmetro)
Trata-se do diâmetro da moeda, medida em milímetros. Funciona bem para
a grande maioria das moedas nacionais que são circulares. Mas, e se a moeda for
quadrada como os florins e os soldos holandeses? Adotamos a medida de um dos lados.
Título (ou Titulagem)
A pureza do metal é indicada, quando da atribuição à
informação do material, um determinado valor numérico,
parcela de 1000, chamado de TÍTULO. Por exemplo: prata
TÍTULO 900 ou prata 900 significam 90% de prata, o resto,
são impurezas ou, quando em maior presença, destacado por
fazer parte de uma liga metálica.
Valor
O VALOR pode ser forte ou fraco, referindo-se ao peso não exato das moedas, ou aos sistemas monetários, como
exemplo, aqueles que foram existentes no nosso período colonial. No entanto,
consideramos três tipos de VALOR:
- valor intrínseco: relacionado ao valor do metal
(ou metais) utilizado na cunhagem.
- valor extrínseco: está relacionado a seu
valor de circulação indicado pelo seu valor facial; é
o valor que vem gravado na moeda.
- valor numismático: o valor estimado a que o
mercado (colecionadores, comerciantes, etc.) se propõe
para adquirir a moeda, estando relacionado diretamente
à raridade, à data, à conservação, às variantes, etc.
Legenda ou Inscrição
É muito comum encontrar em moedas inscrições que transmitem o momento político
ou transitório em que se encontra a nação. Muitas vezes servem para enaltecer
seu soberano, outras vezes para apenas identificá-lo. Ou, simplesmente, para
fazer alusão a um momento histórico, patriótico, filosófico ou institucional
por qual se está passando. Costumam ser abreviadas e
ocupam o CAMPO da moeda muitas vezes acompanhando a ORLA. Nas moedas antigas
eram comum legendas escritas em latim. O nome do país é uma inscrição comum,
principalmente em nossas moedas atuais.
Fonte: site do Banco Central do
Brasil;
Noções Numismáticas - Joel A. Gosling, SNB.
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