Escudo sob coroa estreita, entre o valor 40 à esquerda e um florão à direita. Legenda PETRVS. II. DG. P. REX. B. D.
REVERSO
Esfera armilar sobre Cruz da Ordem de Cristo e a legenda SVBQ SIGN NATA STAB
PADRÃO MONETÁRIO
RÉIS(até 08/10/1833) Originado no período Colonial por influência do monetário português, não se tratava de uma moeda genuínamente brasileira. Foi aproveitado do padrão português, sem fundamentação legal no Brasil.
PERÍODO POLÍTICO
Colônia, D. Pedro II - O Pacífico (1683-1706) Pedro II, apelidado de "o Pacífico", foi Rei de Portugal e Algarves de 1683 até sua morte, anteriormente servindo como regente de seu irmão o rei Afonso VI a partir de 1668 até sua ascensão ao trono. Durante seu reinado foi iniciada grande produção de moedas de cobre, prata e ouro em território brasileiro pelas Casas da Moeda de Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia, além das produzidas regularmente no Porto, Portugal.
LIMITES GEOGRÁFICOS
Colonial p/ circulação geral
ORIGEM
Casa da Moeda, Bahia
CARACTERÍSTICAS
Material:
prata
Diâmetro:
15,5 mm
Massa:
1,20g
Titulagem:
Ag 916 2/3
OBSERVAÇÕES
2º. tipo. Coroa estreita. Sem data. 2 vinténs. Variações de legendas: PETRVS. II. DG. P. REX. E. B. D., PETRVS. II. DG. P. REX. B. D. (imagem)
EMISSÕES
KM# 76
ano
produção
CRMB
Prober
Amato
Vieira
Bentes
obs.
1696
n/d
1696-P-040
-
P.114
-
88.01
s/ data, ano provável de cunhagem
Citação das fontes de códigos de referência de moedas: KM# é código de referência de Krause-Mishler do Standard Catalog of World Coins, 2014 CRMB é código de referência proposto por este site - Código de Referência das Moedas Brasileiras Prober extraido do Catálogo das Moedas Brasileiras, de Kurt Prober, 3ª. edição, 1981 Amato extraido do Livro das Moedas do Brasil, de Amato/Neves, 17ª. edição, 2024 Vieira extraido do Catálogo Vieira - Moedas Brasileiras, de Numismática Vieira, 14ª. edição, 2012 Bentes extraido do Catálogo Bentes - Moedas Brasileiras, de Rodrigo Maldonado, 1ª. edição, 2013
Fontes dos códigos de referência das moedas: KM#, Standard Catalog of World Coins, Krause-Mishler, 2014 CRMB, deste site, Código de Referência das Moedas Brasileiras Prober, Catálogo das Moedas Brasileiras, Kurt Prober, 3ª. edição, 1981 Amato, Livro das Moedas do Brasil, Amato/Neves, 17ª ed., 2024 Bentes, Catálogo Bentes, Rodrigo Maldonado, 1ª. edição, 2013
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A série: 1695-1699 Casa da Moeda da Bahia - Prata
Alberto Paashaus
A Criação da Casa da Moeda da Bahia e o Primeiro Ensaio Monetário Brasileiro
Durante quase duzentos anos após o Descobrimento do Brasil pelos Portugueses, o Sistema Monetário da Colônia passava por uma situação crítica. A circulação de outras moedas estrangeiras e a contramarcação de moedas portuguesas não eram suficientes para suprir a falta crônica de metal sonante para transações na colônia da América.
Reclamações devido a falta de moeda são repetidas vezes mencionadas nos pronunciamentos da Alta Administração Colonial ao Reino. Por causa disto, o rei D. Pedro II autorizou pela Lei de 8 De março de 1694 a constituição no Brasil da primeira Casa da Moeda em Salvador, Bahia. Este documento mostra a grande preocupação com “o grande dano que sofriam os residentes desse Estado (Brasil), em que as pessoas não dispõe dos meios necessários para comprar coisas para a sua subsistência.
Esta mesma lei estabeleceu que todas as moedas de ouro e prata em circulação deveriam ser entregues à Casa da Moeda para serem derretidas e cunhadas em nova moeda colonial, maior em 20% do valor da moeda de Portugal. Além disso, determinou-se que o rei iria abdicar dos seus direitos de senhoriagem.
Não foi a primeira vez que Portugal autorizou a cunhagem de moedas para uma de suas Colônia. Durante o reinado de D. Sebastião I, devido ao intenso comércio para a Índia, foram cunhadas moedas nas feitorias lá existentes. O que tornou verdadeiramente possível a criação da primeira Casa da Moeda do Brasil não foi a falta de dinheiro, que era um problema real, mas certamente a descoberta de minas de ouro em 1693. Poder-se-ia dizer, para justificar o contrário, que o rei abdicou do seu direito de senhoriagem, mas quando a Casa da Moeda Casa foi transferida para Pernambuco em 1700, apenas cinco anos mais tarde, essa benevolência desapareceu.
O aumento de 20% em relação a moeda de Portugal tinha o forte poder de manter as novas moedas dentro da Colônia. Além disso, a circulação de moedas Portuguesas foi totalmente proibido, e se alguém fosse encontrado usando dinheiro português em uma transação na Colônia seria exilado para Angola, como punição.
A maior parte da equipe para a nova Casa da Moeda foi trazida de Portugal, com poucas exceções de moradores locais. A Casa da Moeda foi alojada no prédio da Alfândega, que foi demolido em 1875 . O sistema de cunhagem foi do tipo Balancier de origem francesa e introduzido em Portugal em 1677 para moedas de ouro, o que permitiu a cunhagem de moedas de alta qualidade, mais difíceis de serem cerceadas ou falsificadas.
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