Valor facial orlado por coroa de tulipas. Legenda PETRUS. II. D. G. CONST. IMP. ET. PERP. BRAS. DEF e era
REVERSO
Armas portuguesas sob legenda IN HOC S VINCES
PADRÃO MONETÁRIO
MIL-RÉIS (de 08/10/1833 a 31/10/1942) O MIL-RÉIS foi oficializado em 08.10.1833, através da Lei n° 59 assinada no 2° Império, pela Regência Trina durante a menoridade de D.Pedro II. Mil-réis passou a designar a unidade monetária e réis os valores divisionários.
PERÍODO POLÍTICO
Império, Período Regencial (1831-1841) Decênio de 1831 a 1840, compreendido entre a abdicação de D. Pedro I e o chamado Golpe da Maioridade, quando seu filho D. Pedro II teve a maioridade proclamada.
LIMITES GEOGRÁFICOS
Nacional
ORIGEM
Casa da Moeda, Rio de Janeiro
CARACTERÍSTICAS
Material:
prata
Diâmetro:
18,5 mm
Massa:
2,24g
Espessura:
1,00mm
Bordo:
serrilhado
Titulagem:
Ag 917
Eixo:
reverso moeda (EH) ⇅
OBSERVAÇÕES
2º. sistema monetário. Série de Cruzados. 1/4 de cruzado. 1 tostão.
EMISSÕES
KM# n/d
ano
produção
CRMB
Prober
Amato
Vieira
Bentes
obs.
1834
7.709
1834-P-100
P-1436
P.520
Inclui as de 1835
1835
7.709
1835-P-100
P-1440
P.521
Inclui as de 1834
1836
5.592
1836-P-100
P-1446
P.522
1837
9.562
1837-P-100
P-1448
P.523
1840
910
1840-P-100
P-1457
P.524
1844
3
1844-P-100
P-1470
P.525
3 conhecidas
1846
4.699
1846-P-100
P-1478
P.526
1847
682
1847-P-100
P-1483
P.527
tb com data emendada
1848
486
1848-P-100
P-1488
P.528
Citação das fontes de códigos de referência de moedas: KM# é código de referência de Krause-Mishler do Standard Catalog of World Coins, 2014 CRMB é código de referência proposto por este site - Código de Referência das Moedas Brasileiras Prober extraido do Catálogo das Moedas Brasileiras, de Kurt Prober, 3ª. edição, 1981 Amato extraido do Livro das Moedas do Brasil, de Amato/Neves, 17ª. edição, 2024 Vieira extraido do Catálogo Vieira - Moedas Brasileiras, de Numismática Vieira, 14ª. edição, 2012 Bentes extraido do Catálogo Bentes - Moedas Brasileiras, de Rodrigo Maldonado, 1ª. edição, 2013
Fontes dos códigos de referência das moedas: KM#, Standard Catalog of World Coins, Krause-Mishler, 2014 CRMB, deste site, Código de Referência das Moedas Brasileiras Prober, Catálogo das Moedas Brasileiras, Kurt Prober, 3ª. edição, 1981 Amato, Livro das Moedas do Brasil, Amato/Neves, 17ª ed., 2024 Bentes, Catálogo Bentes, Rodrigo Maldonado, 1ª. edição, 2013
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A série: 1834-1848 Cruzados, 2º. Sistema Monetário - Prata
doliveirarod - Fórum de Numismática
A série dos cruzados do Brasil - Com a instalação da Casa da Moeda na Bahia pelos portugueses em 1694, tem início a cunhagem regular brasileira. Sai então em 1695 a primeira série de moedas coloniais, as do padrão denominado de patacas, esse sistema ia dobrando o sucessivamente valor das moedas, iniciando-se em 20 réis (vintém de prata), e chegando até o 640 réis (2 patacas). Assim, teriamos: 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis (mais tarde, as de 20 e 40 réis foram substituídas por cunhagens em cobre, deixando o metal precioso de ser usado). Isso permaneceu inalterado até a chegada de D. João VI ao Brasil, em 1808. Assim, em 1809, é criado o patacão de 960 réis, que quebrava levemente esse sistema de dobra.
E assim temos um quadro geral da cunhagem colonial brasileira, que perdurou durante todo o período de dominação portuguesa no país, criando um sistema bem aceito e enraizado nas relações comerciais, baseado numa moeda de boa liga e forte.
Com a independência do Brasil em 1822, esse sistema permaneceu inalterado. Foi herdado então o meio circulante colonial, e as novas moedas do Império do Brasil seguiam esse mesmo padrão, onde as antigas armas portuguesas davam lugar ao novo escudo do então recém independente reino.
O sistema das patacas durou durante todo reinado de D. Pedro I, e entrou pelo reinado de D. Pedro II, onde as últimas moedas desse tipo foram cunhadas no ano de 1834 (sendo inclusive muito raras).
O novo reino enfrentava problemas financeiros, rebeliões separatistas estouravam em praticamente todo território nacional, a inflação começou a aparecer, o governo se endividava, e a moeda acaba perdendo algo de seu valor. Era necessária uma reforma monetária que modificasse o padrão vigente.
Surge então em 1834, o segundo padrão monetário que o Brasil conheceu, o padrão dos cruzados.
Esse padrão vinha atender a necessidade de moedas de prata que possuíssem um valor mais alto, e era nítidamente inspirado nos antigos valores dos cruzados portugueses: 100, 200, 400, 800 e 1200 réis.
Entretanto, o povo brasileiro, que estava totalmente acostumado com o padrão das velhas patacas, não aceitou bem esse novo sistema que surgia, e as transações e contratos, na prática, acabavam por continuar a ser feitos utilizando-se valores e referências do antigo sistema. Como o sistema não estava sendo muito bem aceito, o governo não emitia grandes quantidades de moedas, e o cruzado acabou por ser extinto em 1849, dando lugar ao padrão do 2000 réis (200, 500, 1000, 2000 Reis, sendo essa última a coroa de 25 gramas). O novo sistema foi um sucesso de aceitação, e perdurou durante todo o segundo império até o início da República.
Assim, as moedas de cruzado acabaram por ter um papel de transição entre o antigo sistema colonial e o novo sistema que foi bem aceito, e com a desmonetização das já escassas moedas do padrão cruzado, elas acabaram se tornando peças com bom grau de raridade e cobiçadas pelos colecionadores, algumas mesmo são de grau de raridade altíssimo, como o tostão de 1844, que se conhecem 3 ou 4 exemplares, ou os raros 800 réis.
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